O juiz de Direito, Marcus da Costa Ferreira, está de volta à diretoria da Anapolina, depois de quatro anos. Em dezembro de 2006 ele comandou a última reunião do Conselho Deliberativo, depois da saída da diretoria composta de Ruiter Silva, Hélio Lopes, Algomiro Carvalho Neto, Afonso Celso, Mauro Reginaldo, entre outros. “Estou muito feliz diante deste novo desafio. A Anapolina trabalha para construir um projeto de qualidade para recuperar seu espaço. Por isso prega a união de todos os esforços, e a cada dia recebemos mais apoio de pessoas que querem ajudar o clube, estamos construindo as coisas para alcançar os avanços”, disse.O retorno à direção do clube, diz Dr. Marcus, mexe com o coração. Ele reconhece que há desgastes no âmbito de suas atribuições profissionais, do convívio familiar, “mas o coração ás vezes manda em nossas atitudes, a paixão move as pessoas no futebol”. Segundo ele, a partir desta semana, tendo se desvencilhado de algumas situações complicadoras, terá mais tempo para se dedicar ao clube. A conquista de novos patrocínios, de apoios financeiros, reconhece Marcus da Costa Ferreira, é cada dia mais difícil. No entanto, acredita, a saída é associar ao futebol o momento da cidade, de seu potencial, “é interessante para o empresários essa visão, veja que o PIB de Anápolis cresceu quase 200%, é uma cidade pujante, e no meio desse crescimento está o futebol, como meio de mídia, de projeção das empresas parceiras e da própria cidade”. Segundo ele, o clube não faz distinção em acolher quem quer que seja para ajudar o clube, dos grandes aos pequenos parceiros. Outro personagem que tem forte ligação com a Rubra é resgatado para auxiliar nesta nova fase do clube: o advogado Hélio Lopes, que hoje acumula a presidência da APAE/Anápolis. “Depois daquele período concluído em 2006, realmente disse que jamais me envolveria com futebol novamente. Mas me aproximei de novo. Vejo o otimismo da cidade nesta fase, o alto astral da população, a seriedade da diretoria e o apoio do poder público ao futebol. Tudo isso me contagiou”, relata.O desafio de participar desta nova diretoria, afirma Hélio Lopes, é atrativo, considerando o que ele qualifica de “experiência perdedora” adquirida na primeira oportunidade, referindo-se à perda da vaga nas séries B e C do Campeonato Brasileiro. “Na derrota a gente aprende muito. Agora sabemos sobre coisas que naquela época não tínhamos conhecimento, e podemos aplicar tudo isso para que as coisas deem certo a partir de agora”, afirma. Segundo ele, naquele momento o clube vivia situação de dificuldades e a queda no Brasileiro era questão de tempo. “Uma hora isso ocorreria, e coincidiu no ano em que o Ruiter (Silva) assumiu”, justifica. Ele lembra que a FBA (entidade que geria a Série B) não repassou os recursos devido à Anapolina, o que prejudicou muito o clube.O momento agora, afirma Hélio Lopes, é de unidade. O astral positivo que a cidade vive em áreas como a administração municipal e a economia, podem ser assimiladas pelo futebol. Ele também destaca a habilidade demonstrada pelo expresidente Ruiter Silva em costurar a união de todas as pessoas que gostam da Anapolina. “Futebol é resultado. As grandes empresas patrocinam futebol, mas não querem ver sua marca associada a perdedores. A Anapolina faz agora um trabalho para que as grandes empresas invistam no clube, para que o projeto dê certo”, conclui.
Orisvaldo Pires, Jornal estado de Goiás

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